quarta-feira, 8 de abril de 2009

Os grandes shows desse ano...até agora

Ontem foi o 3º grande show que vi este ano, faltou o Maiden, mas vi ano passado esta mesma turnê e como dinheiro não dá em árvore...

Vamos por partes.

Primeiro foi um gigante em palco e estrutura de medianos. Deep Purple na Via Funchal.
Os caras estão meio que todos os anos por essas bandas de cá, então Purple ao vivo virou arroz de festa. Mas, por incrível que pareça, nunca tinha assistido uma apresentação dos dinossauros.

Da formação clássica (não original), lá estão Ian Gillan (voz), Roger Glover (baixo) e Ian Paice (bateria). O excelente guitarrista Steve Morse já está há mais de uma década acompanhando o grupo e o integrante mais recente Don Airey completa o quinteto.O show? Uma sequência muito bem executada de clássicos do rock and roll, por quem entende muito bem do assunto. Tá, os caras não são mais os mesmos, o Gillan não atinge mais as mesmas notas, estava doente, tossindo muito, maaaaas o entrosamento, a alegria em tocar, o carisma e simpatia dos músicas (fora o quesito histórico... pombas, é uma das maiores bandas da história) compensaram cada centavo. E dá-lhe Highway Star, Space Truckin, Strange Kind of Woman, Sometimes I feel like screamin´, Perfect Stranges, Smoke on The Water e tantas outras. Ou seja, nem preciso falar mais nada… E nem vou!

O segundo foi o festival Just a Fest que contou com Los Hermanos, Kraftwerk e Radiohead.
Não vou dizer que os barbudos dos Los Hermanos estão em recesso, que voltaram apenas pra esse show, que claro que não perderiam a oportunidade de abrir pro Radiohead, que a presença de palco dos caras não é a melhor do mundo, que são um tanto mesquinhos, mas o show deles possui uma energia diferente de tudo, que as músicas são intensas, fodas e que todo mundo canta cada palavra... Bom, disse!
Kraftwerk é um caso à parte. Um dos precursores da música eletrônica. O grupo alemão apresenta um show totalmente visual. Mas o conceito é sensacional, tudo é muito bem casado, pensado. Enfim, música eletrônica inteligente. No telão, vídeos muito bacanas complementam o que sai dos sintetizadores dos tiozões que começaram nos anos 70.

Já dediquei um post inteiro ao Radiohead. Uma das bandas mais cultuadas da nossa geração, revolucionou em vários aspectos a música. Enfim, vamos ao show... E que show! Que tesão em tocar! O que é o Johnny Greenwood espancando sua guitarra? E o carisma de Thom Yorke? Tudo muito bem entrosado, excelentes músicos. A produção sensacional, onde vários tubos de neon desciam sobre o palco resultando em efeitos impressionantes. Fora isso, pequenas microcâmeras captavam imagens íntimas dos músicos sendo transmitidas num telão de altíssima definição atrás dos caras. No repertório In Rainbowns na íntegra, There There, National Anthem, Karma Police, Paranoid Android, Fake Plastic Trees, Creep e tantas outras. Conceito, banda, produção... Tudo nota 10!

O último, por enquanto, foi o show da lenda viva KISS. Vi os caras em 1999, na tour do Psycho Circus, com a formação original, efeitos 3D e blábláblá. Mas, sinceramente o show que vi ontem não deveu NADA para o de 10 anos atrás. Embora, Ace Frehley e Peter Criss não estivessem presentes, o já veterano de KISS, Eric Singer e Tommy Thayer cumpriram com maestria seus papéis. E dá-lhe pirotecnia, clássicos, Alive I, Rock and Roll All Nite, Shout it out loud, Lick it up, I Love it Loud. Gene mostrando a lingua, cuspindo sangue e fogo, voando, Paul Stanley chegando até um palquinho no meio da plateia por um cabo de aço para cantar Love Gun, estrutura colossal, efeitos e mais luzes e fogos. Enfim, um showzão de rock and roll dos maquiados, como não poderia deixar de ser.